Quem sou eu?
- Leonardo Roncon
- É difícil escrever sobre algo inexplicável. Tentar definir o que eu sinto quando cozinho. Sim, ganhei prêmios. Sim, ganhei concursos. Sim, fiz viagens internacionais. Sim, fui reconhecido por grandes chefs. Mas isso muita gente também foi. O meu diferencial? Eu amo o que faço, e tenho certeza que essa paixão se reflete em cada componente de cada prato que sirvo. Não quero ser visto como um chef do grupo dos “intocáveis”: por isso fiz esse blog, para você aprender, ensinar, rir, criticar, e claro, elogiar. Sou só um cozinheiro, que tem como principal objetivo te servir com qualidade. Hoje, represento uma bandeira, um restaurante, e principalmente uma equipe. E sei que sem ela nada disso seria possível. Espero que goste!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Os novos Novos Baianos
Depois da revolução musical de 1969, quando surgiram Os Novos Baianos -Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Baby (Acho que agora é) do Brasil, Paulinho Boca e Luiz Galvão -, criados em Salvador na Bahia, é hora de Leonardo e Fernanda. Os novos Novos Baianos.
Depois da grande noticia da nossa mudança para Salvador, nós, os novos Novos Baianos, estamos prontos para uma história de aventura regada a muita emoção, felicidade, suspense, comédia, drama e espero que com um final feliz. Não pensem que estou falando da nossa mudança para a capital baiana, mas sim da vida a dois, ou para os mais conservadores, o bom e velho casamento. E se, ao cair a última folha verde da árvore do ser solteiro, alguns encararem como a morte (que chega para todos) na verdade eu espero que não tenha final feliz e nem triste, espero que não tenha fim, que dure para sempre. Ai, que romântico!
Mas estamos com alguma duvidas: Bahia ou Vitória?. Escolher entre Chiclete, Jamil, Parangolé com seu grande sucesso rebolation, torcer para ogum, oxôsse, exu ou simplesmente Raul Seixas... com certeza ficamos com a última opção. Prontos para a venda louca de abadás para o trio elétrico de Carlinhos Brown e suas memoráveis garrafadas. Sem falar da família MPB de Veloso, Caetano, Bethânia, Gal, Gil e claro Preta Gil, além de praias maravilhosas, muito sol, sol, sol, sol, sol, sol e sol, um para cada habitante.
Ainda bem que a internet está à disposição; vai ser bom para os nossos ouvidos. Acarajés, bobó de camarão, xinxim de galinha, pimenta, hemorróidas, hemorróidas, hemorróidas, hemorróidas e hemorróidas, uma para cada habitante também.
Boa sorte para nós e que os orixás de Carlinhos Brown me levem a nunca encontrá-lo correndo feito uma louca no pelourinho com suas penas esvoaçantes, ou ele sentirá a garrafada certeira de um paulista com um bom espumante, brasileiro claro.
Tieta nos aguarde! Estão chegando os novos Novos Baianos.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
A evolução gastronômica hoteleira
Por Leonardo Roncon/Fabiano Olmo
Passando por varios hotéis desde a premiada cozinha internacional e inovadora do restaurante Tarsila no comando do Chef Marcelo Pinheiro no Hotel Intercontinental à Emmanuel Bassoleil com seu magnifico Skie e sua cozinha francesa com toques brasileiros, podemos dizer que a tendência à evolução gastronômica hoteleira no Brasil é incontestável, tendência esta que há alguns anos atingiu todos os grandes hotéis do mundo, resgatando um hábito antigo que se perdeu com o tempo de ir a um restaurante de hotel nos fins de semana, por exemplo. Porém, essa evolução vai além disso, já que estamos falando também de de executivos em uma reunião de negócios no horário de almoço, já que na sua maioria, os hotéis hoje, possuem a disposição do cliente rede integrada ligada a internet, conference calls, e em alguns casos até uma sala de reuniões que pode ser previamente agendada, onde o serviço é brindado ali mesmo para receber esses executivos que não tem tempo a perder e não abrem mão da qualidade e conforto.
Contudo, o que as pessoas as vezes não sabem, é que grandes Chefs e suas maravilhosas cozinhas estão, de certa forma, escondidos nos subsolos de grandes prédios e grandes corporações hoteleiras.
Grandes restaurantes de hotéis proporcionam uma viagem à alta gastronomia. E estamos falando de grandes Chefs como José Baratino do Emiliano, Roland Villard e Patrick Ferry do Sofitel e de novos talentos como Alexandre Righetti do Grande hotel Senac com seu reconhecido restaurante Araucária que traz sempre inovações com muito carisma para a cidade de Campos do Jordão. Todos, claro, munidos do que há de mais atual em artefatos e aparatos para cocção e apresentação.
Mas porque a grande maioria das pessoas tem preconceito com a gastronomia hoteleira?
Se você prestar bem atenção, um restaurante dentro de um hotel tem vantagens espetaculares. Grande atendimento, localização ideal, vaga nos estacionamentos garantidas, e claro, um ambiente hospitaleiro agradável com uma decoração impecável de encher os olhos. O tratamento que esses profissionais tem com sua matéria prima é algo digino de aplausos. São treinamentos de boas práticas de manipulação garantido a qualidade do produto final.
Por isso, não se assustem com grandes prédios, ou um excessivo tratamento com qualidade, pois temos certeza que está será uma experiência gastronômica única que seguramente irá despertar todos os seus sentidos.
E quem disse que depois de saborear toda essa gastronomia acompanhado de um vinho muito bem recomendado pelos sommeliers de plantão, não se pode terminar em uma das belas suítes, simplesmente para curtir ou uma noite romântica de muito bom gosto e classe que só os grandes hotéis com seus grandes restaurantes podem proporcionar? É ir , sentir e se extasiar!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Sobre a tal da alta “Gastro”
Sobre a tal da alta “Gastro”
Caros Chefs, gastrônomos, gastrólogos, cozinheiros, ajudantes e outros derivados da tal alta gastronomia,
Com tanta modernidade em equipamentos astronáuticos e astrológicos e nomes de profissionais que surgem e vão com a mesma rapidez, nunca se esqueçam da origem de ser um cozinheiro. Estamos esquecendo do mais importante: Fazer o clássico bem feito.
Não me entendam mal. Não sou contra a modernidade ou novas tendências, mas desde que ela venha acompanhada da verdadeira alta gastronomia. Por exemplo: Para se fazer uma espuma de frango é preciso saber fazer um simples frango grelhado, que é bem mais difícil do que fazer a espuma em si.
São tantos nomes que ficamos loucos. Os novos profissionais já estão super inteirados com todos eles. Gastrovac, thermomix, termocirculador, sous vide, cook and chill e esferificação. É caviar disso, caviar daquilo... Ufa, cansei! Não se esqueçam que para sermos contemporâneos temos que nos espelhar em algo com fundamento e raiz.
Resumindo e trazendo ao mundo da música, passe pelo axé, a lambada e até mesmo o calipso, mas não se esqueça que a gastronomia clássica é como o bom e velho Rock and Roll: Nunca Morre. Pronto falei.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Agora, como a maioria sabe, o arco íris é o símbolo do movimento gay.
Outro dia, estava eu andando pela Avenida Paulista com um amigo em um dia de folga (Como todo cozinheiro que se preza era uma segunda feira, ótimo dia para folgar), entramos FNAC e me deparo com uma linda camiseta do tal álbum com o prisma refletindo o arco íris na frente e atrás, e bem abaixo escrito pequeno: Pink Floyd. Consumista como sou, comprei a camiseta e no dia seguinte voltei à cidade em que morava, na época Campos do Jordão, onde trabalhava. Estava louco para estrear minha nova aquisição então fui a um bar da cidade para “tomar umas” e notei que as pessoas me olhavam demais e estranhamente.
No começo fiquei tão cheio que meu prisma quase virou uma bola, mas o engraçado era que umas pessoas me olhavam com cara de cachorro sem dono como querendo dizer: “ai, que bonitinho!” outras “vai embora! vou te matar!” e outros ainda com cara de romance. Confuso, fiquei assustado.
Aí veio a revelação. Uma menina vem e me diz: “Posso te fazer uma pergunta?” E eu disse: “Claro!”, e então veio a pergunta bomba: “Você é gay?”. Silêncio no ar. Por alguns segundos fiquei me questionando do porque da pergunta. Será meu corte de cabelo normal? Meu All Star vermelho? Meu excesso de educação? A tatuagem bem agressiva do Led Zeppelin que cobre todo meu braço direito? E então respondi: “Não, por que?” E ela me respondeu: “É que sua camiseta é do movimento gay, né!”.
Agora sem respirar e como diz a cantora Maisa: Meu mundo caiu... O difícil foi explicar pra ela sobre o Pink Floyd e que sua obra prima estava estampada na minha camiseta. Ainda bem que tenho o Led Zeppelin tatuado no braço.
Hoje quando estou com a minha camiseta e me questionam sobre o assunto, para facilitar minha vida eu respondo: Sou!
O pior de tudo é que pra piorar sou São Paulino roxo e tenho uma coleção de camisetas do São Paulo as quais uso alternadas com a do Pink Floyd. Bem ... acho que de qualquer maneira tô ferrado mesmo!
terça-feira, 25 de maio de 2010
“Porque que a gente é assim?”
Quanto mais conhecemos e mais entendemos, nos tornamos infelizes. Será?
Quando dominamos um assunto ou uma área de atuação nos tornamos mais exigentes. Eu, por exemplo, sou assim com restaurantes, bares, hotéis, botecos e biroscas. Quanto mais eu sei do assunto mais triste eu fico em relação ao lugar onde estou freqüentando. Eu era feliz e não sabia. Comia em qualquer lugar, bebia em qualquer copo, dormia em qualquer cama e tinha qualquer atendimento. Agora eu já sei! Não adianta chorar. Ou eu paro de ter conhecimento, ou os lugares terão que começar a se atualizar.
Por isso, muito cuidado “Points” da vida! Cada vez mais as pessoas estão buscando informação e novas opções. Quem sabe um dia numa galáxia muito mais muito distante aquele que como eu, que sente essa tristeza consiga transformá-la em felicidade. Ou pelo menos em excesso de conhecimento, não é mesmo?
Tá bom, tá bom, eu confesso: Ainda bebo em qualquer copo.
Morte à nossa juventude
É muito triste ver que nossa juventude esta morrendo, não pelas atitudes mas sim por nossos ídolos. Eles estão morrendo, pois é ai que começamos a nos achar um pouco mais velhos. De Dirty Dancing com Patrick Swayze passando pelo rei do Pop Michael Jackson, a nosso grandioso Lombardi: o homem sem rosto. É claro que não podemos esquecer também um ícone da teledramaturgia brasileira: Nossa saudosa Leila Lopes que nos deixou obras maravilhosas, como Pantanal, Rei do Gado e a premiada BrSalvar como rascunhoasileirinhas.
Acho eu, que o segredo é trocarmos nossos ídolos, assim nos sentimos um pouco melhor... Sei lá! Britney, Hannah Montana, Wanessa Camargo, NX0... Que com certeza viverão durante muitos e muitos anos para nos assombrar. Com essa vida “loka” que os novos ídolos levam a base de muita dieta, vida regrada, vitaminas, nutricionistas e muita qualidade de vida viverão bem mais que nossa Derci Gonçalves.
Uma Pena!